Não basta ser mulher, tem que encarar!

equipe feminina Gamaia Esportes

arena do evento

Minha vida já estava há algumas semanas muito fraca de emoções e desafios, então veio aquele convite na hora que você mais precisa ouvir e que a pessoa tem certeza que você vai aceitar: Vamos correr os 6hs de bike? Rsrsrs.

Pronto. Aceitei só com o olhar, hahaha.

A aquariana tem aquela loucura interna que precisa ser alimentada toda semana que só quem é de Aquário sabe o que estou falando.

A equipe feminina Gamaia contou com as atletas e amigas Roberta Maia, Márcia Cury, Dani Mendes e eu, claro. A Gamaia ainda contava com uma equipe masculina e uma mista.

Domingo escaldante de sol e a família Gamaia toda reunida para o desafio de 6hs de bike revezamento quartetos. Tenda montada, fotógrafos a postos, carvão na churrasqueira, mesa de frutas, massagista, cooler de hidratação e aquele astral impagável da galera louca para pedalar.

O percurso tinha 7km de extensão, nossa estratégia era 3 voltas pra cada, com tempo médio de 30 minutos cada volta, no total final de 12 voltas em 6 horas de prova.

Dada a largada eu seria a segunda atleta a pedalar na minha equipe, a adrena é a mesma das provas de aventura pois sabia das dificuldades do percurso.

Agora é hora de acelerar as pernocas e encarar de frente, ou melhor de cima, hahaha logo de cara uma subida insana, é jogar o corpo pra frente, girar na coroinha e não olhar pra cima, só pedir para “nossa senhora da bicicletinha” me manter na bike.

subindo

Lógico que após qualquer subida vem a descida, momento de soltar um pouco e descansar as pernas, certo? Errado. É ai que mora o perigo...hehehe.

A tensão é a mesma, os braços tremem pra segurar o guidão da bike, o pneu pula no cascalho e buracos, é jogar o corpo pra trás e descer...Mas Fabi não era pra descer da bike, era só pra descer o morro...kkkkk. No final do primeiro downhill eis que o chão me chamou, levei o maior “rola” e olha que não estava na minha aceleração máxima, o que amenizou um pouco a queda, mas o preju foi grande, vários hematomas no corpo e a perna ralada, queimada e gritando de dor, estão até dizendo por ai que comprei o terreno, hahaha.

Mas a dor passa e a garra fica, tirei aquela força lá de dentro e terminei a minha primeira volta, tendo mais duas pela frente.

Fico pensando nos amigos que pedalaram solo ás 6 horas e não foi por falta de parceiros não, pedalaram sozinhos por amor ao esporte, porque dar 10, 15 voltas no mesmo percurso técnico como foi não é pra qualquer um...né Joe, Milton e Renatinho...

franguinho pós prova

Minhas outras duas voltas foi movida a adrenalina, respiração forte, sol na cabeça, machucado doendo, e a certeza de vitória pessoal, superação e espírito de equipe.

Após 6 horas a recompensa: sorriso no rosto, medalha no pescoço, churras pra animar e a certeza de uma equipe guerreira formada por 4 super poderosas mulheres prontas pra encarar qualquer desafio! Valeu amigas...
Missão dada, é missão cumprida!

no lugar mais alto do pódium